Eu lhe dou a vida
Eu lhe dou a morte
é tudo uma coisa só
Você anda pelo caminho em espiral
o caminho eterno
queé a existência
sempre se transformando
sempre crescendo,sempre mudando
Nada morre que não nasça outra vez
nada existe sem ter morrido
Quando vier até mim
eu lhe darei as boas vindas
então a acolherei no meu útero
meu caldeirão de transformação
onde voc6e é misturada e peneirada
fundida e fervida,derretida e triturada
reconstituída e depois reciclada
Voce sempre volta para mim
voce sempre vai embora renovada
Morte e renscimento nada mais que pontos de transição
ao longo do caminho eterno
Segundo a mitologia celta, Cerridwen , teve dois filhos: uma linda menina e um menino muito feio. Apiedade pela feiúra do filho, ela decidiu preparar uma poção destinada a dar sabedoria e inspiração ao rapaz. Coube a um jovem, de nome Gwion, alimentar o fogo do caldeirão durante um ano e um dia. Por acidente, ele termina provando da poção mágica e por isso passa a ser perseguido até que finalmente engolido por Cerridwen. 9 meses depois Gwion renasce na forma de um lindo menino. A deusa atirou-o ao mar para que morressse, mas ele sobreviveu.
Deusa tríplice, Cerridwen é a portadora do caldeirão da vida, da morte e do renascimento. É do interior de seu caldeirão que a deusa elabora as suas poções que comandam a sincronicidade de todo o universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar quem a busca. Os celtas a consideravam a grande iniciadora dos mistérios sagrados, regente do mundo subterrâneo, dos processos de transformação e das ervas.
É a deusa que nos auxilia no processo de quebra de padrões de comportamentos restritivos.
Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício.
A simbologia o torna uma ferramenta de transformação, mas também como a imagem do ventre materno. Acredita-se que o caldeirão é capaz de transforma a base material em espiritual, a mortal em imortal e de formar a bebida da imortalidade e inspiração. O caldeirão do renascimento é um tema que se repete em muitos contos célticos.
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. Não devemos encarar a morte como um fim, e sim como um renascimento.
Hora de deixar que tudo que já não pulsa mais, morra!
Se viver a sua vida ao máximo, não terá medo da morte e do que ela significa, pois ela pode tornar-se o momento de libertação mais profundo de sua natureza. Quando aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente de pequenas formas durante a vida. E é essa liberação que nos concede uma vinculação divina, completamente nova. Os místicos sempre reconheceram que, para se aprofundar na presença divina do íntimo, é necessário exercitar o desprendimento. Quando começamos a nos deixar levar, é espantoso como a nossa vida enriquece. As coisas falsas as quais nos agarramos desesperadamente se afastarão, dando espaço para que somente o verdadeiro se aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.
* Texto pesquisado do livro : Oráculo da Deusa
0 comentários:
Postar um comentário